quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ruptura!

Metade dos eurodeputados portugueses não abdica de viagens em executiva — e entre eles, quem senão o menino Paulinho!


Decididamente, as Bolas de Berlim que presumo afanosamente consumidas em cada um dos numerosos regressos à pátria não dão a Paulo Rangel espaço de manobra para aceitar a classe económica. Todavia, mesmo com a crise, com o FMI à porta, com a perspectiva do fim dos 13º e 14º meses e de outras flores de Abril, adubadas durante décadas com mais e mais dívida soberana, os Portugueses decerto não se importarão de pagar o valor extra das viagens do menino: tudo para mantê-lo contente e longe do país.

Pois toda a gente já sabe que os políticos Portugueses narcisistas que algum dia se esbarraram com o Princípio de Peter (ex.: Santana Lopes, Manuel Alegre) teimam em regressar uma e outra vez à ribalta mediático-política sem que ninguém tenha a coragem de lhes dizer a figura patética que estão a fazer. Este é também, lamentavelmente, o destino do, hélàs, ainda principiante menino Paulinho, definitivamente capturado, como Narciso, pelo seu (amplo) reflexo nos media (há gostos para tudo).

Pena é que não haja peditório para tão útil e necessário fim quanto o de manter o menino alhures e entretido: muitos de nós contribuiriam de bom grado, alijando a carga do Estado e carregando as alas executivas dos aviões com múltiplos quilos d’um cerebralíssimo deputado. Esperemos, todavia, que só as faça Ranger e que, neste caso pelo menos, não as leve à ruptura!

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