sábado, 31 de janeiro de 2009

O Alvo a Abater

Assessora de Manuel Pedro confirmou pagamento de “luvas” a José Sócrates 31.01.2009 - 10h46 PÚBLICO
Mãe de Sócrates comprou a pronto apartamento a “offshore” e declarou menos de 250 euros 31.01.2009 - 09h51 PÚBLICO
O Público abdicou dos mais elementares princípios da ética jornalística e do princípio central de um Estado de Direito: a presunção da inocência até prova em contrário. Estas notícias sobre o caso Freeport a conta-gotas mas em crescendo denunciam claramente uma orquestração cuidada. O Público participa nela ou presta-se a ela. É melhor que se apresse: depois de umas tantas vezes a misturar escória ao ouro jornalístico, o jornal deixará de valer o papel em que é impresso. O que é notável e sintomático é o facto de ser sempre com o mesmo alvo que os padrões jornalísticos são abaixados até à caricatura: José Sócrates. É um alvo a abater.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

País de Bestas

Alteração de critérios de correcção de exames nacionais preocupa professsores

Por esta bitola, viveríamos ainda nas árvores uma vez que qualquer alteração para melhor das circunstâncias de vida seria uma injustiça em comparação com os predecessores imediatos. País de bestas!

Segurem-se nas vossas próprias pernas

Professores avaliadores podem a partir de hoje recusar observação de aulas de avaliados

Quem nos vai salvar é o PCP, depois de ter limpo o sebo ao Bloco e depois de ter tirado as regalias absurdas que terá dado aos "profs" do público em troca do seu apoio. Absurdo é o Estado ter interesses noutra coisa que não no Exército, na Polícia, nos Tribunais, na Administração Fiscal, na Regulação das Actividades Económicas e na Acção Social para ajudar quem realmente precisa. Querer que o Estado seja em tudo parte e juiz é a doença mental típica da esquerda, como a da direita é querer que o Estado sirva os ricos e imponha os moralismos da Seita Romana a todos. Larguem os grupelhos ideologico-radicalo-religiosos de todos os bordos e aguentem-se nas vossas pernas como homens e mulheres. Sacudam séculos de sujeição a homens de saias, a obesos violadores, a sofisticados revolucionários e ao vosso próprio desejo de serem VITIMAS.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Declínio

Professores avaliadores podem a partir de hoje recusar observação de aulas de avaliados 20.01.2009 - 08h12 Lusa / Público

Quando o Público escreve "podem" em vez de "poderão" está a fazer um juízo de valor sobre a legalidade das pretensões grevistas da autodesignada "Plataforma Sindical de Professores." Ora, dado que a referida legalidade é questionável e publicamente questionada, o Público está a tomar partido pela referida "organização," cujas directivas, ceifadas e marteladas, todos sabemos de onde vêm. O Público abandonou os padrões de bom jornalismo que já foram a sua imagem de marca. Creio que os leitores já o perceberam, uma vez que o declínio da qualidade se reflecte de forma crescente nas vendas.

Adenda: Não resisto a transcrever um comentário que, no site do Público, me dirigiu um (óbvio) professor. Por si só, revela quais são os professores que se insurgem contra a avaliação e porquê:
«20.01.2009 - 10h44 - Egídio Pereira, Seixal
10h36 - João Bosco, Porto: Explique-me a diferença entre
"podem, a partir de hoje" e "poderão, a partir de hoje"!»

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Só três?


Porquê a timidez? Profissionais tão bem pagos e sujeitos a tão poucas exigências profissionais, podiam bem dar-se ao luxo de fazer uma semana inteira de greve. Os Portugueses é que não se podem dar ao luxo de continuar com estes professores baldas que não querem ser avaliados, que não querem diferenciação pelo mérito, e que não querem exames de admissão à profissão e que querem todos a subir ao topo da carreira e do salário mediante o número de anos em que aqueceram o lugar. Quanto aos sindicatos, têm todo o interesse em terem uma "classe"-massa, indiferenciada e unida pelos fortes laços da mediocridade e da conivência do assalto ao bem público: a perfeita caixa de ressonância sindical. A CGTP-PCP sabe bem que o grupo profissional que, a termo, resultará das novas exigências impostas aos professores do ensino público será bem menos sensível aos cantos de sereia do sindicalismo estalinista. Os profissionais altamente qualificados e movidos pelo brio e pelo sentido do dever não perdem muito tempo com o ataque em grupo uma vez que confiam mais no trabalho e no valor próprios.

O Genoma do tigre-da-Tasmânia

Genoma do tigre-da-Tasmânia seria demasiado pobre para evitar a extinção Público, 13.01.2009 - 22h12 Nicolau Ferreira.

Seria necessário avaliar o universo ao qual pertenceram os escassos dois espécimes sobre os quais se baseiam as conclusões deste estudo. Com toda a probabilidade, trata-se de indivíduos de uma população já muito reduzida como resultado do extermínio levado a cabo, não "pelos homens", que conviveram durante dezenas de milhares de anos com os Tigres da Tasmânia sem os destruir, mas pelos homens Ocidentais, mais especificamente. É compreensível que os membros sobreviventes da espécie numa qualquer bolsa geográfica percam muita variedade genética. (Neste caso, é mesmo possível que ambos os espécimes sejam o resultado de intercruzamento em cativeiro, mas a notícia não permite determiná-lo.) Todavia, se assim for, a perda de variedade genética explica-se pelo extermínio da espécie pelos Ocidentais e não o contrário. Faz-me lembrar o que a Hannah Arendt escrevia sobre as tácticas de Hitler e de Estaline que diagnosticavam a decadência ou a degenerescência e prognosticavam o fim próximo das classes/raças que pretendia exterminar para um ou dois anos depois passarem ao acto. Também este estudo me parece uma justificação ex post facto de um dos inúmeros desastres coloniais que mancham a história do Ocidente.